sábado, 4 de agosto de 2012

APROVADO EM CRISTO


VASO DE BARRO COM VALOR DE OURO

O versículo 10 do capitulo dezesseis da Epistola de Paulo aos Romanos menciona dois nomes de cristãos, cuja biografia é totalmente desconhecida, à luz do texto neo-testamentário, mas que mereceram uma menção honrosa por parte do apóstolo.
O versículo em referencia divide-se em duas partes, a primeira das quais contém as seguintes palavras: “Saudai a Apeles, aprovado em Cristo”.
Levando em consideração o fato de que Apeles é citado apenas esta vez no texto sagrado, temos em primeiro lugar a considerar que ninguém necessita ser uma pessoa de projeção na comunidade cristã em que vive, para ser aprovado pelo Senhor Jesus.
A Bíblia reserva um lugar de honra a vários personagens anônimos, bem como a alguns quase-anônimos, como Apeles.
O mais importante na vida cristã não é a posição que ocupamos no Reino, mas a natureza de nosso caráter, de nossa fé e de nosso labor.
Existem 3 classes de seguidores de Cristo mencionados na Bíblia: os provados, os reprovados e os aprovados.
Para ser reprovada ou aprovada necessariamente a pessoa tem que ser provada.
O cristão pode ser provado por Satanás, por Deus ou pelas circunstancias.
Quando a provação parte de Satanás, ela recebe o nome de tentação.
Deus nos prova naquilo que corresponde ao nosso ponto forte, enquanto Satanás nos tenta em nossos pontos vulneráveis.
Deus conhecia a fé e a obediência de Abraão e nessas áreas ele foi provado e aprovado.
Apeles foi aprovado EM Cristo.
Podemos ser aprovados diante de Cristo, aprovados por Cristo e aprovados em Cristo.
Somente Deus sabe os testes a que Apeles foi submetido, mas todos sabemos pela leitura do texto sagrado que ele triunfou.
Para sermos aprovados devemos olhar para Cristo, depender de Cristo, obedecer a Cristo, confiar em Cristo e agradar a Cristo.
Devemos depender como servos, obedecer permanentemente, confiar sem reservas e procurar agradar em tudo.
Em seu exuberante sermão pregado no Dia de Pentecoste, o apóstolo Pedro declarou que Jesus foi aprovado pelo Pai celestial, At 2.22.
Todos sabemos, pela leitura dos Evangelhos, que essa aprovação foi fruto da dedicação integral, da plena pureza pessoal e da total fidelidade do Senhor Jesus ao maravilhoso Plano da Redenção, que culminou com o sacrifício do Calvário.
Levando em consideração as palavras de Pedro em sua Epístola, devemos seguir as pisadas de Cristo (I Pe 2.21), ou seja, devemos esforçar-nos para obter o mesmo nível de aprovação que o querido Mestre alcançou,
Todos os Obreiros da Casa do Senhor precisam meditar com coração piedoso e sincero nas palavras de Paulo dedicadas a Timóteo: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. II Tm 2.15.
O texto merece 3 observações: primeira, é preciso esforço de cada um para buscar a aprovação, até que a alcance; segunda, o obreiro aprovado anda de cabeça erguida e não tem de que se envergonhar; terceira, a aprovação divina está vinculada ao estreito relacionamento do homem de Deus com as Sagradas Escrituras.
Nada sabemos de Apeles, mas é fácil e plausível deduzir que se tratava de um homem humilde.
Homens vaidosos, soberbos, arrogantes, orgulhosos e pedantes não costumam ser aprovados em Cristo.
Eis o que Paulo nos deixou escrito: Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, mas, sim, aquele a quem o Senhor louva. II Co 10.18.
Ao longo da história bíblica muitos homens foram reprovados. Nessa lista se incluem Caim, Coré, Acã, os dez espias do livro de Números, Saul, Judas, Demas e tantos, tantos outros.
Ainda nesta vida é possível saber se contamos com a aprovação de Deus. Daniel foi chamado de homem mui desejado. Apesar de suas fragilidades, Davi foi mencionado como sendo um homem segundo o coração de Deus.
Precisamos ser mui cautelosos quanto ao perigo de buscarmos aprovação dos homens e nos esquecermos por completo da aprovação divina.
A julgar pelos fatos que a Bíblia menciona não se deve esperar aprovação dos homens quando executamos com fidelidade os propósitos de Deus.
Vejamos o que o Evangelho registra a respeito de Jesus: Mas primeiro convém que ele padeça muito, e seja reprovado por esta geração. Lc 17.25.
Parece comum na atualidade uma busca desesperada por aplausos e aprovação dos homens.
A Igreja precisa ser vigilante, a fim de não cometer o pecado da mistura. Não podemos repetir a situação de Efraim, um bolo que não foi virado, Os.7.8.
Cristo nos aprova quando estamos em sintonia com Sua Palavra.
Cristo nos aprova quando vivemos em harmonia com sua vontade.
Cristo nos aprova quando buscamos primeiramente o Reino de Deus, Mt 6.22.
Para onde estamos indo?
Moisés mereceu o desprezo de faraó por haver recusado integrar a linha de sucessão real do Império Egípcio, mas foi aprovado por Deus, a ponto de merecer o privilégio único de por Ele mesmo vir a ser sepultado.
O caminho da aprovação passa necessariamente pela Cruz.
Os pregadores devem ser aprovados quando pregam.
Os cantores devem ser aprovados quando oram.
Os lideres devem ser aprovados quando lideram.
Qualquer pessoa pode ser aprovada em.
Cristo, desde que se deixe governar pelo Espírito Santo.
Durante nossa peregrinação por este mundo podemos alcançar uma aprovação final.E, no Dia do Senhor, em pleno Tribunal de Cristo, a aprovação final, definitiva e eterna.
Se Apeles foi aprovado, você também poderá ser.
E eu também, graças a Deus.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Sinais do Homem Espiritual - A. W. Tozer


O conceito de espiritualidade varia entre os diversos grupos cristãos. Em alguns círculos, a pessoa que fala incessantemente de religião é julgada como sendo muito espiritual. Outros aceitam a exuberância ruidosa como um sinal de espiritualidade, e em algumas igrejas, o homem que ora em primeiro lugar, por mais tempo e mais alto consegue uma reputação de ser o mais espiritual na assembléia.

Um testemunho vigoroso, orações freqüentes e louvor em voz alta podem entrosar-se perfeitamente com a espiritualidade, mas é importante entendermos que em si mesmos eles não constituem nem provam a presença da mesma. A verdadeira espiritualidade manifesta-se em certos desejos dominantes. Eles são desejos sempre presentes, fixos, suficientemente poderosos para dominar e controlar a vida da pessoa. Para facilitar, vou mencioná-los, embora não me esforce para decidir sua ordem de importância.


1. Primeiro, o desejo de ser santo em lugar de feliz. A busca da felicidade, tão difundida entre os cristãos que professam uma santidade superior e prova suficiente de que tal santidade não se acha presente. O homem verdadeiramente espiritual sabe que Deus dará abundância de alegria no momento em que possamos recebê-la sem prejudicar nossa alma, mas não exige obtê-la imediatamente. John Wesley falou a respeito de uma das primeiras sociedades metodistas da qual duvidava terem seus membros sido aperfeiçoados em amor, pois iam à igreja para apreciar a religião em lugar de aprender como tornar-se santos.

2. O indivíduo pode ser considerado espiritual quando quer que a honra de Deus avance por meio de sua vida, mesmo que isso signifique que ele mesmo tenha de sofrer desonra ou perda temporárias. Um homem assim ora: "Santificado seja o teu nome", e acrescenta baixinho: "Qualquer seja o custo para mim, Senhor". Ele vive para honrar a Deus, através de uma espécie de reflexo espiritual. Cada escolha envolvendo a glória de Deus, para ele já está feita antes de apresentar-se. Não é necessário que debata o assunto em seu íntimo, pois nada há a discutir. A glória de Deus é necessária para ele; ele a aspira como alguém sufocando-se aspira o ar.

3. O homem espiritual quer carregar a sua cruz. Muitos cristãos aceitam a adversidade ou a tribulação com um suspiro e as chamam de sua cruz, esquecendo de que tais coisas podem acontecer tanto a santos como a pecadores. A cruz é aquela adversidade extra que surge como resultado de nossa obediência a Cristo. Esta cruz não é forçada sobre nós; nós voluntariamente a tomamos com pleno conhe¬cimento das conseqüências. Nós decidimos obedecer a Cristo e fazendo essa escolha, decidimos carregar a cruz. Carregar a cruz significa ligar-se à Pessoa de Cristo, ser fiel à soberania de Cristo e obediente aos seus mandamentos. O indivíduo espiritual é aquele que manifesta essas características.

4. O cristão espiritual é também aquele que tudo observa sob o ponto de vista de Deus. A capacidade de pesar tudo na balança divina e dar-lhes o mesmo valor dado por Deus, é o sinal de uma vida cheia do Espírito. Deus olha para tudo e através de tudo ao mesmo tempo. Seu olhar não repousa sobre a superfície mas penetra até o verdadeiro significado das coisas. O cristão carnal olha para um objeto ou uma situação, mas pelo fato de não ver através dela fica entusiasmado ou deprimido pelo que vê. O homem espiritual tem capacidade para ver através das coisas como Deus vê e pensar nelas como Ele pensa. Ele insiste em ver tudo como Deus vê, mesmo que isso o hu¬milhe e exponha a sua ignorância até o extremo de fazê-lo sofrer.

5. Outro desejo do homem espiritual é morrer retamente em lugar de viver no erro. Um sinal seguro do homem de Deus amadurecido é de sua despreocupação com a vida. O cristão terreno, consciente do corpo, olha para a morte com terror no coração; mas à medida que continua vivendo no Espírito torna-se cada vez mais indiferente ao número de anos que vai viver aqui embaixo, e ao mesmo tempo cuida cada vez mais do modo como vive enquanto está aqui. Não irá comprar alguns dias extra de vida ao custo da transigência ou fracasso. Quer acima de tudo ser reto, e fica feliz em deixar que Deus decida quanto tempo deve viver. Ele sabe que pode morrer agora que está em Cristo, mas sabe que não pode agir erradamente, e este conhecimento torna-se um giroscópio que dá esta¬bilidade aos seus pensamentos e seus atos.

6. O desejo de ver outros progredirem com sua ajuda é outro sinal do homem que possui espiritualidade. Ele quer ver outros cristãos acima de si e fica feliz quando estes são promovidos e ele negligenciado. Não existe inveja em seu coração; quando seus irmãos são honrados fica satisfeito, por ser essa a vontade de Deus e essa vontade é seu céu na terra. O que é agradável a Deus lhe dá também prazer, e se for do agrado de Deus exaltar outrem acima dele, satisfaz-se com isso.

7. O homem espiritual faz no geral juízos eternos e não temporais. Pela fé supera o poder de atração da terra e o fluxo do tempo e aprende a pensar e sentir como alguém que já deixou o mundo e foi juntar-se à imensa companhia dos anjos e à assembléia e igreja dos primogênitos arrolados nos céus, Um homem assim preferiria ser útil e não famoso, servir em lugar de ser servido. Tudo isto se realiza pela operação do Espírito Santo que ne!e habita. Homem algum pode ser espiritual por si mesmo. Apenas o Espírito da liberdade pode tornar o homem espiritual.
Fonte: Livro: Esse cristão incrível

Erótico versus Espiritual - A. W. Tozer




E este texto foi escrito há uns 50 anos...

A época em que vivemos poderá ficar conhecida como a Idade do Erotismo. O amor sexual se tornou uma forma de culto. Entre os homens civilizados, Eros tem mais adoradores do que qualquer outro deus. Para milhões, o erótico tem substituído completamente o espiritual.

Os fatores

Não é difícil determinar como o mundo caiu nesse estado. Fatores contribuintes são as emissoras de rádio e os aparelhos de som, que podem disseminar uma música de amor por todo um país em poucos dias; o cinema e a televisão, que proporcionam a toda uma população a oportunidade de banquetear-se com mulheres sensuais e jovens soberbos unidos em abraços apaixonados (nas salas de visitas de lares “cristãos”, aos olhos de crianças inocentes!); menos horas de trabalho e a multiplicação de máquinas automáticas que resultam no aumento do lazer para todos.

Juntemos a tudo isso dezenas de campanhas de propaganda concebidas inteligentemente, que transformam o sexo em isca não muito bem disfarçada, a fim de atrair compradores para quase todos os produtos imagináveis; os escritores infames que consagraram suas vidas à obra de tornar conhecidas as levianas e falsas nulidades, utilizando personagens que têm carinha de anjo e moral de prostituta; novelistas sem consciência que alcançam fama duvidosa e enriquecem à custa da perniciosa ocupação de drenar do esgoto de sua alma podridões literárias que entretêm as massas. Tudo isso nos mostra como Eros conseguiu triunfar sobre o mundo civilizado.

Se esse deus não importunasse os crentes, não haveria razão para inquietar-me com o seu culto. Um dia, toda a sua fétida sujeira ruirá sobre si mesma, tornando-se um excelente combustível para o fogo do inferno, uma justa recompensa, fazendo-nos ter compaixão daqueles que forem engolidos na sua trágica ruína. Se as coisas fossem diferentes do que realmente são, as lágrimas e o silêncio seriam melhores do que as palavras. Mas o culto de Eros está afetando seriamente a igreja. A límpida religião de Cristo, que flui do coração de Deus como um rio cristalino, está sendo poluída pelas águas sujas que escorrem do altar da abominação que se vê em todos os outeiros e debaixo de todas as árvores, em todas as parte de nosso país.

Os crentes estão sendo influenciados

A influência desse espírito erótico está sendo percebida em quase todos os círculos evangélicos. Grande parte da música cantada em certos tipos de reuniões transpira mais romance do que a voz do Espírito Santo. Cânticos e músicas foram escritos para despertar a luxúria. Cristo é tratado com uma familiaridade que revela ignorância completa a respeito do seu caráter. O que predomina não é mais a reverente intimidade do santo que adora, e sim a impudica familiaridade do amante carnal.

A ficção religiosa tem utilizado o sexo para criar interesse em seus leitores, servindo-se da aparente desculpa de que, entrelaçando o romance erótico com a religião em uma ficção, o leitor habitual, que não gasta tempo com um livro puramente religioso, desejará ler a ficção e, assim, conhecerá o evangelho. Não levando em conta o fato de que os mais modernos romancistas religiosos são apenas amadores, incapazes de escrever pelo menos uma linha de literatura realmente boa, o conceito de romances espirituais está errado.

Os impulsos libidinosos e o doce e profundo estímulo do Espírito Santo são diametralmente opostos. A noção de que Eros pode servir como um auxilio ao Senhor da glória é ultrajante. Os filmes “cristãos” que procuram atrair o público com cenas amorosas em sua propaganda são completamente contrários à religião de Cristo. Somente os que se acham espiritualmente cegos podem ser enganados.

A moda da beleza física e de personalidades brilhantes nas produções religiosas é uma manifestação da influência do sentimento romântico na igreja. O balanço rítmico, o sorriso inalterável e a voz demasiadamente alegre enganam o religioso mundano. Ele aprendeu a sua técnica na televisão, mas não o suficiente para obter sucesso no campo profissional; por isso, ele traz sua produção ineficiente para o lugar santo, mascateando-a aos cristãos débeis e mal nutridos, que buscam algo para divertirem-se, enquanto fazem parte da maioria religiosa popular.

Tempo para falar

Se a minha linguagem parece severa, lembrem-se de que não está sendo dirigida a ninguém pessoalmente. Sinto grande compaixão pelo mundo dos homens perdidos e desejo que todos venham ao arrependimento. Pelos crentes cujas vigorosas mas errôneas lideranças têm desviado a igreja moderna do altar de Jeová para o altar do Erro, sinto amor e compaixão. Quero ser o último a injuriá-los e o primeiro a per- doá-los, lembrando-me dos meus pecados passados e da minha necessidade de misericórdia, bem como de minha própria fraqueza e inclinação natural para o pecado e o erro. A jumenta de Balaão foi usada por Deus para repreender um profeta. Concluímos disto que Deus não requer perfeição no instrumento que usa pa-ra admoestar e exortar seu povo.

Quando o rebanho de Deus está em perigo, o pastor não deve contemplar as estrelas e meditar sobre temas “inspirativos”. Está moralmente obrigado a pegar suas armas e a correr para defendê-lo. Quando as circunstâncias exigem, o amor tem de usar a espada, embora tenha o desejo de enfaixar o coração quebrantado e cuidar do ferido. Chegou o tempo de o profeta ser ouvido novamente. Durante as últimas décadas, a timidez disfarçada em humildade tem-se mantido no seu canto, enquanto a qualidade espiritual da cristandade evangélica tem se tornado pior a cada ano que passa. Por quanto tempo ainda, Senhor? Por quanto tempo?

sábado, 7 de julho de 2012

A Cruz é Algo Radical - A. W. Tozer





A cruz de Cristo é a coisa mais revolucionária que já apareceu entre os homens.

A cruz dos velhos tempos Romanos não conhecia acordo; ela nunca fez concessões. Ela venceu todas as suas disputas matando o seu oponente e silenciando- o de uma vez para sempre. Ela não poupou Cristo, mas o matou assim como os outros. Ele estava vivo quando O penduraram naquela cruz e completamente morto quando O tiraram dela seis horas mais tarde. Isso era a cruz, a primeira vez que apareceu na história Cristã.

Depois que Cristo foi levantado da morte os apóstolos saíram para pregar Sua mensagem, e aquilo que pregavam era a cruz. Onde quer que eles fossem pelo mundo afora carregavam a cruz e o mesmo poder revolucionário ia com eles. A mensagem radical da cruz transformou Saulo de Tarso e o mudou de um perseguidor de Cristãos para um crente gentil e um apóstolo da fé. O poder da cruz transformou homens maus em bons. Ela livrou a longa escravidão do paganismo e alterou completamente toda a perspectiva moral e mental do mundo Ocidental. Tudo isto ela fez e continua a fazer enquanto for permitido permanecer sendo o que era originalmente, uma cruz.

Seu poder se foi quando foi mudada de algo de morte para algo de belo. Quando os homens fizeram dela um símbolo, pendurando- a aos seus pescoços como um ornamento ou fizeram seu esboço diante das suas faces como um sinal mágico para repelir o maligno, então ela se tornou na melhor das hipóteses um fraco emblema, e na pior das hipóteses um fetiche positivo. Como tal ela é venerada hoje em dia por milhões que não sabem absolutamente nada sobre o seu poder.

A cruz alcança seu fim pela destruição de um padrão estabelecido, a vítima, e cria um outro padrão, seu próprio. Assim, ela tem sempre seu estilo. Ela vence através da derrota do seu oponente e imposição da sua vontade sobre ele. Ela sempre domina. Ela nunca se compromete, nunca negocia nem concede, nunca renuncia um ponto por motivo de paz. Ela não se importa com a paz; ela se importa somente em acabar com sua oposição o mais rápido possível.

Com perfeito conhecimento de tudo isto Cristo disse, “Se alguém quer vir após mim, negue- se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga- me” (Mt 16:24). Assim a cruz não somente provoca um fim à vida de Cristo, ela também dá fim à primeira vida, a velha vida, de cada um dos Seus verdadeiros seguidores. Ela destrói o velho padrão, o padrão de Adão, na vida do crente e o conduz a um fim. Então o Deus que ressuscitou Cristo da morte ressuscita o crente e se inicia uma nova vida.

Isto, e nada menos, é Cristianismo verdadeiro, entretanto não podemos deixar de reconhecer a divergência crucial deste conceito daquele defendido pelos membros evangélico de hoje. Porém não ousamos qualificar a nossa posição. A cruz permanece bem acima das opiniões dos homens e para aquela cruz todas as opiniões devem finalmente ir para julgamento. Uma liderança superficial e mundana modificaria a cruz para agradar os entretenimentos loucos dos religiosos que terão a sua diversão mesmo dentro do santuário; mas agir assim é procurar desastre espiritual e se expor ao perigo da ira do Cordeiro transformado em Leão.

Devemos fazer algo com relação à cruz, e somente uma de duas coisas podemos fazer fugir dela ou morrer nela. Se formos tão imprudentes para fugir devemos por este ato pôr de lado a fé de nossos pais e fazer do Cristianismo alguma outra coisa exceto o que ele é. Então teremos deixado somente a vazia linguagem da salvação; o poder se apartará com nosso apartamento da verdadeira cruz.

Se formos sábios faremos o que Jesus fez; enfrentaremos a cruz e desprezaremos a vergonha pela alegria que está colocada diante de nós. Fazer isto é entregar todos os padrões das nossas vidas para serem destruídos e reconstruídos no poder de uma vida eterna. Descobriremos que isto é mais do que poesia, mais do que doce melodia e sentimento nobre. A cruz cortará em nossa vida onde ela fere mais, sem poupar nem a nós nem nossas reputações cuidadosamente cultivadas. Ela vai nos derrotar e levar nossas vidas egoístas a um fim. Somente então poderemos nos levantar em plenitude de vida para estabelecer um padrão de vida completamente novo, livre e repleto de boas obras.

A mudança de atitude em relação a cruz que vemos na ortodoxia moderna não prova que Deus tenha mudado, nem que Cristo tenha facilitado na Sua exigência de que carreguemos a cruz; antes significa que a Cristandade atual se afastou dos padrões do Novo Testamento. Até agora temos mudado tanto que isto pode necessitar nada menos do que uma nova reforma para restaurar a cruz para o seu lugar correto na teologia e vida da Igreja.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

MOLOQUE – O DEUS DO SACRIFÍCIO INFANTIL


MOLOQUE – O DEUS DO SACRIFÍCIO INFANTIL 

“E da tua semente não darás para a fazer passar pelo fogo perante Moloque; e não profanarás o nome de teu Deus. Eu sou o Senhor” (Lv 18.21).

Aquele que não educa o seu filho segundo a Palavra de Deus, está condenando-o à destruição.

Leitura Bíblica em Classe
Levítico 20.1-3  /  I Timóteo 5.8 

Introdução

Moloque era um ídolo horrendo. Às vezes, davam-lhe a aparência de um ser híbrido (meio homem, meio boi), e estendiam-lhe desmesuradamente as mãos a fim de que, nos grandes festivais e cultos, viesse a acolher pomposa e vorazmente os filhinhos de seus tolos adoradores para serem queimados num ritual desumano e abominável.
Esculpido todo em bronze, seus sacerdotes recheavam-no de produtos inflamáveis. Em seguida, utilizando-se de uma tecnologia que vinha sendo aperfeiçoada de geração em geração, aqueciam-no até que se fizesse infernalmente rubro.
Com o deus já todo avermelhado e sob sádico olhar de seus sacerdotes, vinham-lhe os adoradores como que possessos por todos os demônios para lhe oferecerem o que de mais precioso haviam recebido do Único e Verdadeiro Deus. E, agora, sob o rufar dos tambores, colocavam seus
filhinhos nas mãos enrubescidas de Moloque.
Assim eram assassinadas milhares de crianças amonitas! Covarde e barbaramente!
Pensa você que isso ficou no passado? Infelizmente, neste exato momento, há muitos pais oferecendo seus filhos a Moloque. Inconscientemente, talvez você esteja depositando seus filhos no altar do demônio. Leia
cuidadosamente esta lição, e veja em que ponto está falhando na criação de seus filhos.


I -  Quem era Moloque
Moloque era representado de diversas maneiras. Às vezes, suas mãos encontravam-se bem rentes ao chão para facilitar o acolhimento de suas vítimas. Noutras, achavam-se elas de tal forma postadas que, tão logo
recebiam as oferendas, em sua maioria crianças recém-nascidas, deixavam-nas cair numa fornalha onde eram carbonizadas.

1)O deus dos amonitas: Moloque era o deus dos filhos de Amom. No hebraico, o seu nome significa rei. Era conhecido também como Moleque, Malcã e Milcon. Os amonitas que, como se sabe, descendiam de Bem-Ami, filho de Ló (Gn 19.38), dedicavam a essa abominação todas as suas reservas morais, sociais e nacionais. Seus sacerdotes eram reputados como mais nobres do que os próprios príncipes (Jr 49.3).
2) O deus da vergonha: era Moloque um ídolo de tal forma detestável, que os  israelitas piedosos o chamavam de bosete: vergonha e opróbrio.
3) O deus do fogo: assim também era conhecido, pois no fogo consumia as suas vítimas. 



II – As vítimas de Moloque
Diante de tanta barbárie, não podemos  evitar a pergunta: Por que os amonitas ofereciam seus filhos a um tão abominável ídolo? Pensavam eles estarem buscando o favor deste e a expiação de suas faltas. Imaginavam também que, por intermédio do fogo, Moloque purificava suas vítimas. Mas que pecados podia ter um recém-nascido?

Algumas religiões tribais ainda adoram seus deuses oferecendo-lhes suas crianças. Tal prática, todavia, é condenada de forma enérgica pela Palavra de Deus. 




III – Deus condena o culto de Moloque
Deus jamais admitiu, em seu culto, o envolvimento de vítimas humanas. Não se pode tomar o caso de Isaque, ou de Jefté, como argumentos em favor de tais sacrifícios. No primeiro caso, tratava-se de uma prova, cuja finalidade era levar Abraão a reconhecer o absoluto senhorio de Deus sobre a sua vida (Gn
22. 1-13). E no segundo, vemos a demonstração de um zelo extremado por parte de um homem que, embora piedoso, não tinha um perfeito conhecimento das ordenanças divinas (Jz 11. 29,31).
O Senhor não aceita vítimas humanas; sua ordem é clara e não admite dúvidas: “E da tua semente não darás para a fazer passar pelo fogo perante Moloque; e não profanarás o nome de teu Deus. Eu sou o Senhor” (Lv18.21).
Mas, vindo a apostasia, homens como Salomão e Manassés desafiaram a Deus e incensaram a Moloque. O primeiro rei, buscando globalizar o mundo de então, levanta um altar ao ídolo em plena Cidade Santa (I Reis 11.7). O segundo foi mais além; chegou a oferecer um de seus filhos à abominação. (I Reis 21.6).
Através de Jeremias, o Senhor repreende duramente os filhos de Judá por causa dessa sua sanguinária devoção: “E edificavam os altos de Baal, que estão no vale do filho de Hinom, para fazerem passar seus filhos e suas filhas pelo fogo a Moloque, o que nunca lhes ordenei, nem subiu ao meu coração que fizessem tal abominação, para fazerem pecar a Judá” (Jr 32.35).

IV – Os modernos Moloques

Se no Antigo Testamento, apresentava-se Moloque como aquele ídolo que, com a sua sangrenta carranca, assustava a seus tolos adoradores, hoje se mostra mais sutil. Mas não podemos nos enganar; continua tão medonho quanto antes. Vejamos de que forma ele é apresentado em nossos dias.
1) Moloque – aborto:
Não são poucos os movimentos e ongs que, dizendo-se defensores de direitos humanos, acham-se a fazer apologia do aborto. Alegam eles que a mulher tem o direito de fazer o que bem entende com o seu corpo, inclusive assassinar o filhinho que traz no ventre. Os tais libertários incentivam e até custeiam o assassinato de milhões de crianças todos os anos. Em nada diferem de Hitler, Stálin ou Mao Tse-tung.
O que não sabem estes infanticidas é que o mandamento divino permanece inalterável: “Não matarás” (Ex 20. 13). E se pensam que o Senhor está alheio ao seu crime, deveriam ler com temor o Salmo 139. Este salmo de Davi, conhecido como o salmo da mulher grávida, descreve com que cuidado o Senhor acompanha o desenvolvimento do feto no ventre da mãe.
Deus julgará a todos os homicidas. Antigamente, os pais esperavam seus filhos nascerem para oferecê-los a Moloque. Hoje, antes mesmo de nascerem já são oferecidos ao demônio.
2) Moloque – Televisão:
Quantas crianças não estão sendo educadas hoje pela TV! Os pais as deixam expostas a todas as influencias de uma programação violenta, erótica, pervertida, atéia, blasfema e satanista.
Em muitas casas, não se adora mais a Deus; incensa-se a um Moloque eletrônico, colorido e sedutor.
Atentemos ao mandato divino: ”Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6). Somente assim estaremos livrando nossos filhos das garras de satanás.
Você tem educado seus filhos nos caminhos do Senhor? (Dt 6.6,7) Tem lido a Bíblia com eles? Tem orado com eles? E por eles tem intercedido? Ou  deixa que sejam educados por homens e mulheres destituídos da glória de Deus? 

3) Moloque – Falta de ensinamento e culto domestico:
Quantos pais não estão a agir exatamente como Eli! Apesar de conhecerem a Palavra de Deus e as suas justas e inegociáveis reivindicações, não se preocupam em conduzir os filhos no caminho do bem. Veja quão execráveis eram os filhos desse sacerdote: “Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial e não conheciam o Senhor. Era, pois, muito grande o pecado desses jovens perante o Senhor” (I Sm 2.12,17).
O destino desses jovens, todos nós conhecemos. De tão ímpios que eram, não havia mais lugar de arrependimento em seu coração; perderam a vida e a alma.                           
Eduquemos nossos filhos a fim de que não tenham eles a mesma sorte. Se os instruirmos conforme recomenda a Palavra de Deus, teremos uma família de homens e mulheres santos e piedosos e irrepreensíveis como os recabitas (Jr 35.1-19).

Conclusão 

Nestes dias tão difíceis e trabalhosos urge que invistamos amorosa e sacrificialmente na formação de nossos filhos. Façamos o culto doméstico todos os dias. A devoção familiar é insubstituível. Se nossos filhos não forem piedosos na casa paterna, jamais serão reverentes na Casa de Deus.
Esteja vigilante! Em conseqüência de sua letargia e irresponsabilidade, não são poucos os pais que se acham a sacrificar seus filhos a Moloque. Os altares e nichos e templos desta abominação estão espalhados por toda a cidade e, não raro, em nossas casas. Você sabe quem são os amigos de seus filhos? Conhece os lugares que eles frequentam? Eles tem horário para voltar para casa? Ou você é do tipo moderninho que faz todos os caprichos de seus filhos? Cuidado! Se você não os educar, seus filhos irão para o inferno, e grande será a sua dor.
Não perca os seus filhos nem para televisão,nem para as drogas, nem para a prostituição, nem para o homossexualismo, nem para a criminalidade, nem para o ateísmo, nem para as seitas que infestam nossas cidades.
Miremos no amor sacrificial de Abraão, e santifiquemos ao Senhor cada um dos nossos filhos que Ele, bondosamente, nos concedeu.



FONTE: LICOES BIBLICAS Título: Não terá outros deuses diante de mim — Quando a idolatria ameaça a Igreja de Cristo
CLAUDIONOR DE ANDRADE

quinta-feira, 21 de junho de 2012

ALERTA: JESUS ESTA VOLTANDO



“Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição.” (2Tessalonicenses 2.3)
Recentemente os jornais de todo o mundo publicaram uma declaração do Vaticano, vinda do cardeal Peter Turkson, que propôs a criação de um único governo e sistema monetário mundial. O documento de Roma explica que a única solução para a crise financeira e politica mundial seria a criação de tal sistema, pois só assim o mundo escaparia do colapso econômico que está para ocorrer.
Essa surpreendente declaração – vinda do maior poder religioso do mundo – traz a nós um alerta: estaríamos exatamente no tempo do fim? Tais declarações nos fazem lembrar exatamente das profecias bíblicas a respeito da segunda vinda de Jesus, quando ocorrerá o arrebatamento, a grande tribulação, o Armagedom, o milênio, o trono do julgamento e os novos céus e nova terra.
A Bíblia diz que a segunda vinda de Cristo seria precedida por um governo mundial, regido por uma só moeda e um só governante. Tanto o livro de Daniel quanto o livro de Apocalipse falam a respeito dessa forma de governo, que culminam com o aparecimento da figura do anticristo: que será o governante dessa nova ordem global. Não é assustador notar que o Vaticano, assim como as demais entidades políticas e religiosas estão chegando à conclusão de que a solução para os problemas mundiais – que sucessivamente estão aumentando – só poderão ser resolvidos com a ascensão de tal governo?
Isso deve levar todos nós a crer que estamos no tempo do fim. O próprio Jesus disse: “Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas” (Mt 24.23).
Vejam só: eu entendo que durante várias décadas e anos muitos falaram a respeito do fim e eu não quero ter nenhuma pretensão de dizer datas ou dias a respeito do arrebatamento ou da volta de Jesus. Sinais sempre ocorreram ao longo das eras, mas a medida que o fim se aproxima esses sinais vem se intensificando mais e mais. Hoje, somos a única geração de todas as anteriores que tem condições tecnológicas, científicas e sociais para cumprir tal profecia.
Creio então que está tudo caminhando exatamente para o tempo do fim. Não podemos achar insignificante tal informação vinda de um órgão tão importante como o Pontifício Conselho Justiça e Paz do Vaticano e ignorá-la. Não deveríamos ver isso como um sinal? Não deveríamos nos alertar? Não deveríamos temer e tremer diante daquilo que ouvimos durante décadas e anos e agora os nossos próprios olhos estão contemplando?
Outra coisa que antecederia ou ocorreria quase simultaneamente junto com a manifestação do anticristo é o que o texto de 2Tessalonicenses fala: viria a apostasia, o abandono da fé verdadeira, o abandono das verdades bíblicas, o esfriamento, o desvio total da sã doutrina de Cristo.
Estaria essa profecia se cumprindo nos dias de hoje? Será que estamos cegos ao que está ocorrendo no meio cristão? Entre os evangélicos? Veja o que se tornou a cristandade atual: está ocorrendo uma total descaracterização do cristianismo bíblico e verdadeiro.
A igreja está andando junto com o parlamento, está havendo uma secularização dos ministérios, principalmente o de louvor. Todos os tipos e formas de pecados têm sido tolerados em inúmeras denominações – inclusive na liderança: paganismo romano fazendo parte da ordem do culto, ciências sociais, a cultura secular, com seu humanismo e psicologia estão ditando e sendo base de quase todo o alicerce cristão!
Tal apostasia na Igreja está em operação desde muitos anos atrás, sutilmente adentrando no Cristianismo sem que muitos percebessem. Vejam meus queridos irmãos: não é o fogo santo que está queimando no altar, isso é fogo estranho, essa forma de adoração, a liturgia dos cultos, a maneira como o cristão de hoje se veste e fala, os lugares que frequenta, a maneira que ele usa o dinheiro, os seus relacionamentos amorosos, seus círculos de amizade, está totalmente contaminado pela contextualização doutrinária e pelo mundanismo!
Como se não bastasse essa verdadeira prostituição espiritual no meio cristão, a era do anticristo seria marcada pelo ecumenismo e a igreja evangélica tem entrado nisso, tem dividido os púlpitos, os palcos, o Congresso Nacional e os meios de comunicação com idólatras, hereges e ateus. Tudo defendendo o interesse político e o partidarismo religioso, quer sinal maior que esse da apostasia? Deixemos de ser cegos, indiferentes, insensíveis e conformados com a atual realidade da Igreja. É hora de despertar do sono (Rm 13.11) e ver que o juízo de Deus é iminente sobre essa terra e sobre os falsos cristãos.
O que devemos fazer em meio a tudo isso, diante de tais informações e profecias bíblicas sendo cumpridas descaradamente? O Senhor Jesus nos dá a direção, pois Ele disse: “Vigiai porque não sabeis que hora virá o vosso Senhor” (Mt 24.42). Ele nos exorta a estar alerta. São dias de cuidarmos e darmos prioridade as coisas de Deus, coisas santas, espirituais, celestes, como está escrito em Colossenses 3.12-16.
Sempre foi e continuando sendo o tempo de buscar em primeiro lugar o reino de Deus, chegou a hora de deixar as vaidades de lado, os caprichos humanos e mundanos, sonhos infantis e abstratos que não dão nenhuma glória a Deus e não acrescentam nada ao reino, está na hora de se converter de verdade, amadurecer na fé, sermos crentes espirituais… temos que voltar para a rocha que é Cristo Jesus! Que as nossas vidas espirituais – nosso Cristianismo – seja baseado e fundamentado apenas na solidez das Escrituras, na sua autenticidade, veracidade e suficiência.
O que Oséias 4.6 está anunciando? “O meu povo foi destruído porque lhe faltou o conhecimento”! Todo esse cenário de destruição e de declínio espiritual está ocorrendo devido à ignorância e desprezo por parte da Igreja das verdades da Escritura!
Essa é uma mensagem de alerta. Deus ainda está tendo misericórdia de muitos que estão brincando com a fé, que estão abusando da graça e da misericórdia, que estão profanando o santuário de Deus, que é seu corpo – vivendo em deleites, orgias e mentiras. Ele continua poupando aqueles que ainda estão fechando negócios sujos em nome da fé, forjando planos sórdidos para construir seus impérios pessoais em nome de Cristo, pois Ele é benigno, compassivo e misericordioso!
Veja o exemplo de Noé: tudo isso estava acontecendo nos tempos de Noé, toda essa depravação. Deus então os avisa, lhes dá um tempo para mudarem – cento e vinte anos, eu disse cento e vinte anos de misericórdia – dizendo que caso contrário o juízo viria. Mas, infelizmente, o juízo foi inevitável para a geração de Noé. Estamos vivendo esses cento e vinte anos. Apesar de todo esse estado espiritual degradado da terra Deus ainda tem esperado pelo arrependimento dos homens, tem sido longânimo, compassivo e tem demonstrado sua abundante graça!
Por favor – eu te suplico – não despreze isso! Converta-se, arrependa-se, abra mão de tudo e de todos que te desviam da fé e que te fazem pecar. Ele disse: “Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã” (Is 1.18) e acrescenta: “O que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” (Jo 6.37).
Esse é o meu Deus, esse é o seu Deus, o nosso Deus, um Deus de misericórdia e de amor. Apresse-se. O fim está próximo, os sinais estão aí em todos os lugares, arrependa-se pelo seu pecado, converta-se, e que pelo Espírito Santo você venha de fato nascer de novo, para que você seja salvo e no dia do arrebatamento você suba com Ele.
Agora, se isso não acontecer, você conhecerá a ira de Deus e os seus juízos sendo despejados na terra e o inevitável ocorrerá: você será condenado. Amém.

sábado, 2 de junho de 2012

A Oração Toca A Eternidade - Leonard Ravenhill


A Oração Toca A Eternidade - Leonard Ravenhill


A estatura espiritual de um crente é determinada pelas suas orações. O pastor ou crente que não ora está-se desviando. O púlpito pode ser uma vitrine onde o pregador exibe seus talentos. Mas no aposento da oração não temos como dar um jeito de aparecer.

Embora a igreja seja pobre sob muitos aspectos, é mais pobre ainda na questão da oração. Contamos com muitas pessoas que sabem organizar, mas poucas dispostas a agonizar; muitas que contribuem, mas poucas que oram; muitos pastores, mas pouco fervor; muitos temores, mas poucas lágrimas; muitas que interferem, mas poucas que intercedem; muitas que escrevem, poucas que combatem. Se fracassarmos na oração, fracassaremos em todas as frentes de batalha.


Os dois requisitos para se ter uma vida cristã vitoriosa são visão e fervor. Ambos nascem da oração e dela se nutrem. O ministério da pregação é de poucos; o da oração — a mais importante de todas as atividades humanas — está aberta a todos. Porém, as “criancinhas” espirituais comentam sem o menor constrangimento: “Hoje, não vou à igreja. É dia de reunião de oração”.

É bem possível que Satanás não tema grande parte das pregações de hoje. Mas a experiência do passado leva-o a arregimentar todo o seu exército infernal para lutar contra o crente que ora. Os crentes de hoje não têm muito conhecimento da prática espiritual de “ligar e desligar”, embora essa responsabilidade nos tenha sido delegada por Deus: “O que (tu) ligares na terra..”. Você tem feito isso? Deus não desperdiça seu poder. Se quisermos ser poderosos na obra dele, temos que ser poderosos com ele.

O mundo está marchando para o inferno a um ritmo tão rápido que, se comparado aos modernos aviões supersônicos, estes pareceriam tartarugas. E, no entanto, para vergonha nossa, nem recordamos quando foi a última vez que passamos uma noite toda em oração a Deus, suplicando-lhe que derrame sobre nós um avivamento que abale o mundo. Não temos compaixão pelas almas. Estamos pensando que os andaimes são o prédio. As pregações de hoje, com sua falha interpretação das verdades bíblicas, nos levam a confundir agitação com unção, e comoção com avivamento.

O segredo da oração é orar em secreto. Quem se entrega ao pecado pára de orar. Mas aquele que ora pára de pecar. O fato é que somos pobres, mas não humildes de espírito.

A oração é profundamente simples, e ao mesmo tempo profunda. “É uma forma de expressão tão simples que até uma criancinha pode exercitá-la”. Mas é igualmente tão sublime que ultrapassa os recursos da linguagem humana, e esgota seu vocabulário. Lançar diante de Deus uma torrente de palavras não irá necessariamente impressioná-Io ou comovê-lo. Uma das mais significativas orações do Velho Testamento foi feita por uma pessoa que não pronunciou palavras: “Seus lábios se moviam, porém não se lhe ouvia voz nenhuma”. (1Sm 1.13). De fato ela não tinha grandes dons de oratória. Sem dúvida existem “gemidos inexprimíveis”.

Será que nos encontramos num padrão tão inferior ao dos cristãos neotestamentários que não possuímos mais a fé dos nossos antepassados (com todas as suas realizações e implicações), mas somente a fé emocional de nossos contemporâneos? A oração é para o crente o que o capital é para um homem de negócios. Não se pode negar que a maior preocupação da igreja hoje são as finanças. E, no entanto, esse problema que tanto inquieta as igrejas modernas era o que menos perturbava a do Novo Testamento. Hoje damos mais ênfase à contribuição; eles a davam à oração.

Em nossos dias são muito poucos os que estão dispostos a assumir a responsabilidade de orar inspirados pelo Espírito, e para esse tipo de oração não há substitutos. Temos que orar, senão pereceremos!
Fonte: Livro Por que tarda o pleno avivamento?

sábado, 28 de abril de 2012

“Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina”. (Tt 2.1).


A palavra doutrina se origina do grego: “didache”, que significa ensino ou instrução dos apóstolos. Entendemos que a sã doutrina é a revelação do Eterno Deus por meio das sagradas escrituras e representa o alicerce e o sustentáculo da verdadeira fé cristã.
Vejamos o que a bíblia nos ensina sobre a sã doutrina:



Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho 
2 João 1:9


I.TIPOS DE DOUTRINAS EXISTENTES:
A.Doutrinas de homens: (Mc 7.6-9; Mt 15.6-9).
B.Doutrinas de hereges: (Ap 2.6,15)
C.Doutrinas de demônios: (I Tm 4. 1-2).
D.Doutrina de Deus: (Jo 7.16; Tt 2.10).
II.CONSIDERAÇÕES ESSENCIAIS ACERCA DA SÃ DOUTRINA:
A.Precisamos cuidar da sã doutrina (I Tm 4.16).
B.Devemos nos afastar dos que vivem em desacordo com a sã doutrina (Rm 16.17).
C.Devemos nos afastar dos opositores a sã doutrina. (I Tm 1.9-11).
D.O motivo da existência de falsas doutrinas. (I Tm 6.3-5).
E.Não devemos recebê-los nem cumprimentá-los. ( II Jo 10).
F.Haverá tempos em que não suportarão a sã doutrina. (II Tm 4.3).
G.Cuidado com os ventos de Doutrina. (Ef 4.14).
III.A IMPORTÂNCIA DA SÃ DOUTRINA:
A.Jesus tinha uma Doutrina: (Mt 7.28; Mt 22.33; Lc 4.32).
B.Os Cristãos primitivos tinham uma Doutrina a qual perseverava: (At 2.42).
C.Os crentes de Roma pautavam sua vida por excelente doutrina: (Rm 6.17).
D.Paulo recomendou Tito e a Timóteo o cuidado com a doutrina:(ITm 1.3-10; 4.6-16; 6.3; II Tm4.3; Tt 1.9; Tt 2.1).
E.João determinou a doutrina: (2Jo .9).
F.João recomendou a doutrina: (2Jo 10).
G.A doutrina proporciona comunhão com Deus: (2Jo .9).
H.A doutrina proporciona piedade: (I Tm 6.3)
IV.A NECESSIDADE DA SÃ DOUTRINA:
A. Preservar dos falsos profetas: (Mt 24.24; Mt 7.15).
B. Preservar das heresias e apostasias: (II Ts 2.3; I Tm 4. 1-2).
C. Para não corromper nosso entendimento: (II Ts 2.2).
D. Devemos guardar as tradições(não a tradição dos homens mas aquela que e conforme a palavra de DEUS). (II Ts 2.15).
E. Proporciona-nos a segurança da salvação em Cristo: (I Tm 4:16).
F. Santifica-nos: (Jo 17:14-17).
G. Tornar-nos sábios: (II Tm 3:15).
H. Tornar-nos obedientes: (Rm. 6.17).
V.A SUFICIÊNCIA DA SÃ DOUTRINA:
A. Ninguém poderá alterar a doutrina: (Gl 1.8).
B. Ninguém poderá ensinar outra doutrina: (I Tm 1.3).
VI.A COMPLETUDE DA SÃ DOUTRINA:
A. A doutrina está completa e não precisa de nenhuma modificação: (Ap 22. 18-19).
Por fim, enfatizamos a relevância do conhecimento doutrinário para a solidificação de uma fé autentica que combate as heresias e propaga veementemente a suprema verdade de Deus.
Pr. Sidnei O. Ferreira

Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho 
2 João 1:9

domingo, 22 de abril de 2012

A Sala dos Fichários


A Sala dos Fichários

      Quem subirá ao monte do Senhor? Quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega sua alma à vaidade, nem jura enganosamente. -Salmo 24:3-4.
     No dia do juízo, você conseguirá comparecer perante Deus com mãos limpas e coração puro?
    Quantos de nós podemos dizer que temos mãos limpas e coração puro? Deus não pode aceitar o homem em seu estado natural. Por isso Deus interveio e apresentou um plano para a nossa purificação: mandou Jesus para nos remir e purificar nossas mãos e nosso coração.
     Você já teve vontade de saber como Deus vê a sua vida? Jesus nos diz: “Mas eu vos digo que de toda palavra frívola que os homens proferirem hão de dar conta no dia do juízo” (Mateus 12:36). Já que vamos prestar contas de toda palavra frívola que tivermos dito, deve haver algum tipo de registro delas. A Bíblia fala a respeito desse registro em Apocalipse 20:12. “E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. Abriu-se outro livro, que é o da vida. Os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras”.
     Joshua Harris, um jovem do estado de Maryland [EUA], estava passeando em Porto Rico. Uma noite teve um sonho através do qual sentiu que Deus lhe repreendeu pela sua infidelidade. Esse sonho lhe fez lembrar do sangue de Jesus e de Seu poder para transformar as vidas.
     Gostaríamos de contar este sonho para você:


A Sala
     Estando meio dormindo e meio acordado, me vi numa sala. Nela não havia nada de relevante a não ser uma parede cheia de pequenos fichários. Eram como aqueles das bibliotecas que classificam os livros em ordem alfabética por autor ou assunto. Esses fichários, uma infinidade deles, se estendiam do piso ao teto e para os dois lados, cada um com um nome diferente. Ao me aproximar deles, o primeiro a atrair a minha atenção foi um que dizia: Garotas de que gostei. Abri o fichário e comecei a percorrer as fichas. Logo o fechei, pois fiquei espantado de ver que eu reconhecia os nomes escritos em cada uma das fichas.
     Então, sem ninguém me dizer, entendi exatamente onde eu estava. Esta sala silenciosa, com seus muitos fichários, era o registro de toda a minha vida. Ali estavam anotados todos os meus atos, grandes e pequenos, de toda a minha vida, com uma riqueza de detalhe que a minha memória não conseguiria guardar.
Sentimentos de admiração, de curiosidade e de terror apoderaram-se de mim quando comecei a abrir aleatoriamente os fichários e a examinar o conteúdo das fichas. Algumas me encheram de alegria e doces recordações; outras um sentimento de vergonha e remorso tão intenso que chegava a olhar para trás para ver se alguém estava me observando. Um arquivo chamado Amigos, ficava ao lado de outro intitulado Amigos que traí.
     Os títulos variavam dos mais comuns até outros totalmente esquisitos: Livros que li, Mentiras que contei, Consolo que dei, Piadas que me fizeram rir. Alguns dos títulos chegavam a ser até engraçados: Vezes que ralhei com meus irmãos. De outros não conseguia rir: Vezes que resmunguei de meus pais. Eu não parava de me surpreender com o conteúdo destas fichas. Muitas vezes havia mais do que eu imaginava; outras vezes havia menos do que eu esperava.
     Fiquei abismado de ver o volume de coisas que já tinha feito na minha vida. Seria possível que eu tive tempo nestes meus vinte anos de escrever cada uma destas milhares - talvez milhões - de fichas? Mas cada uma delas confirmava esse fato; cada uma fora escrita por meu próprio punho e tinha a minha assinatura.
    Quando puxei o arquivo chamado Músicas que escutei, vi que o fichário estava abarrotado de músicas. As fichas estavam bem compactadas, mas mesmo assim, após dois ou três metros, eu ainda não tinha achado o fim do arquivo. Fechei-o, envergonhado, nem tanto pela qualidade da música, mas principalmente por causa da quantidade de tempo que eu sabia que aquele arquivo representava.
     Quando cheguei ao arquivo chamado Pensamentos imorais, senti um arrepio no meu corpo inteiro. Só abri a gaveta deste fichário uns dois centímetros, pois não queria saber o seu tamanho. Tirei uma ficha. Tremi ao ver seu conteúdo detalhado. Só de pensar que tal momento tinha sido registrado provocou um mal estar em mim.
     De repente senti quase uma fúria animal. Um pensamento dominava a minha mente: “Ninguém jamais deve ver estas fichas! Tenho que destruí-las!” Num furor louco, arranquei aquele fichário. Seu tamanho não me importava mais. Eu tinha era que esvaziá-lo e queimar suas fichas. Mas quando peguei numa ponta e comecei a sacudi-lo, não consegui despejar nem uma ficha sequer. Desesperado, retirei uma ficha e tentei rasgá-la, só para descobrir que ela era tão resistente quanto o aço.
     Derrotado e sem poder fazer mais nada, pus a ficha de volta e fechei a gaveta. Encostando minha cabeça na parede, suspirei profundamente, sentindo dó de mim mesmo. Então olhei e vi outro fichário, cujo título era: Pessoas com quem eu compartilhei o evangelho. O puxador era mais brilhante, mostrando seu pouco uso. Puxei-o e um fichário bem pequeno caiu nas minhas mãos, no qual havia menos de uma meia dúzia de fichas. Todas as fichas cabiam na minha mão.
     Dos meus olhos lágrimas brotaram e comecei a chorar. Soluçava tanto que meu corpo tremia e meu estômago doía. Caí de joelhos e soltei um grito de desespero. Chorei de vergonha, de uma vergonha tão grande que parecia que meu coração arrebentaria. As longas fileiras de fichários pareciam boiar nos meus olhos cheios de lágrimas. Pensei “Ninguém jamais pode saber desta sala. Nunca! Preciso trancá-la e esconder a chave”.
     Mas enquanto eu limpava as lágrimas, eu O vi… Oh, não! Ele não… Logo Jesus!
     Fiquei olhando, atônito, enquanto Jesus começou a abrir os fichários e a ler as fichas. Eu não queria ver a Sua reação, mas quando criava coragem para olhar em Seu rosto, via uma grande tristeza - uma tristeza muito mais profunda do que a minha. Por algum motivo Ele foi direto aos piores fichários, abriu-os e começou a ler. Por que Ele estava lendo estas fichas...?
     Finalmente Ele se virou e olhou para mim do outro lado da sala. Seus olhos estavam cheios de compaixão, mas era uma compaixão que não me irritava. Abaixei a cabeça, cobri meu rosto com as mãos e comecei a chorar novamente. Ele foi até onde eu estava e me abraçou. Ele poderia ter dito muitas coisas, mas não falou uma palavra; apenas chorou comigo.
     Então, levantou-se e voltou para os fichários. Começando numa ponta da sala, Ele os abria, tirava as fichas e em cada uma assinava Seu nome por cima do meu.
     “Não!” Gritei, correndo para Ele. Só consegui repetir: “Não! Não!”, enquanto tirava da Sua mão a ficha que segurava. O nome sagrado dEle não podia aparecer nestas fichas. Mas estava! Escrito em vermelho, num vermelho escuro e intenso, num vermelho vivo. Então percebi que este vermelho era o Seu sangue e que cobria o meu nome.
     Carinhosamente Ele pegou a ficha de volta. Sorriu, um sorriso triste, e continuou a assinar as fichas. Acho que eu nunca vou entender como fez aquilo tão rápido, mas num instante ouvi quando fechou o último fichário. Então Ele voltou para o meu lado, colocou Sua mão no meu ombro e disse: “Está consumado”.
     Fiquei em pé e Ele me levou para fora da sala. Não havia fechadura na porta. Havia muitas fichas que eu ainda teria que preencher.
Como está seu fichário hoje?
     Se formos honestos conosco mesmos, vamos ter que admitir com tristeza e remorso que erramos em nossos pensamentos e ações. Nós, também, vamos corar de vergonha pelos pensamentos ali­men­tados e as ações cometidas em secreto. A Bíblia diz em Romanos 2:16 que “Deus há de julgar os segredos dos homens, por meio de Jesus Cristo”. O apóstolo Pedro pregou: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vosso pecados, e venham assim os tempos de refrigério pela presença do Senhor” (Atos 3:19). Jesus já apagou seus pecados? Ou eles ainda o perseguem hoje?
     Você quer ser liberto? Ou quer continuar carregando um fardo cheio de seus pensamentos e ações do passado? Nossos pecados são um fardo pesado em nosso coração e nossa vida. “Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós” (1 João 1:8). “Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6:23).
     Jesus oferece perdão. Ele veio à terra e derramou Seu sangue por todos os pecadores, abrindo o caminho da salvação para todos. Você gostaria de ser salvo? “Se o filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8:36). Leia o Salmo 51. Venha a Jesus agora! Arrependa-se e confesse seus pecados. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9). Confie em Jesus e terá o prazer de andar com Ele. Diariamente Ele dirigirá seus passos.
© 1995 - New Attitudes/Joshua Harris
Publicado pela Igreja de Deus em Cristo - Menonita

Quarenta e Oito Horas no Inferno



Quarenta e Oito Horas no Inferno

—John W. Reynolds

Um dos casos mais interessantes de uma pessoa aparentemente morta que tornou a viver, que eu conheço, é o de George Lennox, um ladrão de cavalos de notoriedade no condado de Jefferson (EUA). Isto aconteceu enquanto ele estava cum­prindo pena pela segunda vez na prisão. Na primeira, fora condenado pelo judiciário do condado de Sedgwick pelo mesmo crime: furto de cavalos.
Sendo que sua sentença condenatória estipu­lava trabalhos forçados, no inverno de 1887 foi trabalhar nas minas de carvão. Foi obrigado a trabalhar num lugar que lhe parecia bastante perigoso, chegando, inclusive, a comunicar este fato ao guarda responsável. Este, após uma investigação, disse que não havia perigo, e mandou que continuasse trabalhando no mesmo lugar. O detento obedeceu, mas antes de completar uma hora de serviço, o teto desabou, deixando-o totalmente soterrado. Permaneceu assim durante duas horas.
Na hora do almoço foi que deram conta de sua ausência, sendo iniciada, logo em seguida, uma busca. Descobriram-no debaixo de um monte de escom­bros. Tudo indicava que estava morto. Levado para fora da mina, o médico daquela instituição o examinou, também dando-o por morto. Seu corpo foi retirado para o hospital onde o banharam e vestiram-no para o enterro. Foi confeccionada uma urna na própria prisão e levada para o hospital. O capelão chegou para cumprir suas obrigações fúnebres. Um enfermeiro pediu a dois dos detentos que tirassem o cadáver da maca e o colocassem na urna, que estava no outro lado da sala. Cumpriram a ordem, um deles pegando nos seus pés e o outro nos ombros. Haviam andado mais ou menos a metade da distância quando aquele que lhe segurava pelos ombros tropeçou num cuspidor. Desequili­brou-se, deixando o cadáver cair ao chão e, para a grande surpresa de todos, ouviu-se um profundo gemido. Logo em seguida seus olhos abriram-se e os demais sinais de vida foram aparecendo. Chamaram imedia­tamente o médico, e quando este chegou, no espaço de uns trinta minutos, o “defunto” estava tomando a água que acabara de pedir.
A urna foi guardada e utilizada posteriormente para enterrar outro detento. George trocou de roupa, colo­can­do novamente o uniforme de praxe daquela instituição. O exame médico acusou duas fraturas numa de suas pernas e escoriações generalizadas. Permaneceu hospitalizado durante seis meses, para em seguida voltar ao serviço.
Através de outro mineiro fiquei sabendo da experiência inusitada que o George tivera enquanto “morto”. Estimulado pela minha curiosidade, desejei muito conhecê-lo e ouvir de sua boca o ocorrido. Esta oportunidade não se deu durante uns poucos meses, mas finalmente deu certo. Fui transferido das minas para o escritório da prisão onde lavrei uns relatórios de fim de ano. A ressuscitação deste ho­mem estava sendo discutida entre nós, quando, por acaso, alguém passou à porta de nossa sala. Disseram-me que era ele. Logo mandei-lhe um bilhete, pedindo que viesse ao meu local de trabalho. Foi isso que ele fez e nós nos conhecemos. Foi de sua boca que ouvi esta história maravilhosa. Ele é um jovem que não passa dos trinta anos de idade. Apesar de muito inteligente e bem estudado, tornou-se um criminoso aparentemente incorrigível.
A parte que mais gostei da sua história foi o que ocorrera durante sua “morte”. Sendo taquí­gra­fo, registrei fielmente as suas palavras:

Naquela manhã toda tive um pressentimento que algo terrível iria acontecer. Isto me incomodou a ponto de eu procurar o meu supervisor de minas, Mr. Grason. Disse-lhe o que estava sentindo e pedi que vistoriasse o meu local de trabalho onde estava escavando carvão. Ele veio e a meu ver fez uma vistoria bem feita. Mandou que eu voltasse a traba­lhar e disse que tudo indicava que eu estava perturbado. Voltei a trabalhar e depois de aproximadamente uma hora, de repente tudo ficou muito escuro. No mesmo instante, parecia que uma grande porta de ferro estava se abrindo, pela qual eu entrei. Logo me veio o pensamento de que eu estava morto e que me encontrava no mundo do além. Não pude ver ninguém. Por algum motivo, que eu próprio desco­nheço, comecei a me afastar da porta. Depois de andar bastante, cheguei às margens de um rio bem largo. Não estava escuro e tampouco era de dia. Havia uma luminosidade seme­lhante à que se vê numa noite estrelada. Estive nas margens do rio pouco tempo quando ouvi o rumor de remos cor­tan­do a água. Então foi chegando até onde eu estava, uma embar­cação, cujo ocupante estava remando.
Perdi a fala. Depois de me olhar durante uns in­­stantes, ele me disse que tinha vindo me buscar. Pediu que entrasse na embarcação e remasse até a outra margem do rio. Obedeci. Não trocamos pala­vra alguma. Queria tanto perguntar quem ele era e onde estávamos. Parecia que a minha língua estava grudada ao céu da boca. Não conseguia falar. Ao che­gar­mos à outra margem, desembar­quei e o ho­mem que me conduziu, simplesmente desapareceu.
De novo a sós, não sabia o que fazer. Olhando mais adiante, vi dois caminhos que passavam por um vale escuro. Um deles era largo e tinha o aspecto de ser bastante utilizado. O outro era estreito e saía para outro rumo. Instintivamente escolhi o caminho mais utilizado. Tinha andado pouco quando percebi que estava ficando cada vez mais escuro. De quando em quando, bem adiante, via-se uma espécie de relâm­pa­go, através do qual eu conseguia enxergar o caminho.
Andei mais uma certa distância quando me deparei com um ser que sou totalmente incapaz de descrever. O máximo que posso fazer é apenas dar uma idéia bem vaga quanto ao seu aspecto ater­ro­ri­zan­te. Parecia ligeiramente com um homem, embora muito maior. Devia ter no mínimo três metros de altu­ra. Nas suas costas havia grandes asas. Era preto co­mo o carvão que eu retirava da mina e estava total­mente nu. Na sua mão havia uma imensa lança de pelo menos cinco metros de comprimento. Seus olhos brilhavam como bolas de fogo. Seus den­tes, bran­cos como pérolas, pareciam medir quase três centímetros. Seu nariz, se bem que nem parecia nariz, era enorme, largo e achatado. Seu cabelo era grosso, pesado, e comprido. Descia sobre os om­bros maciços. Sua voz parecia mais com o rugir de um leão enjaulado do que com qualquer outra coisa.
Foi durante um destes relâmpagos que o vi pela primeira vez. Comecei a tremer como uma folha de palmeira no vento. A mão que segurava a lança estava erguida como se estivesse na iminência de me traspassar. Parei. Com voz muito mais horripilante do que se pode imaginar, mandou que o seguisse. Disse que tinha ordens para ser meu guia durante esta viagem. Segui no seu encalço. Que mais eu po­dia fazer? Depois de andarmos uma certa distân­cia, vi à minha frente uma grande montanha, cuja face parecia ser vertical. Na verdade parecia ter sido cortada no meio e uma metade retirada. Nesta face vertical vi distintamente as palavras:  ESTE É O INFERNO
Meu guia se aproximou da montanha e com sua lança bateu com força três vezes. Abriu-se uma porta enorme e nós entramos. Fui conduzido por uma espécie de corredor dentro da montanha.
Durante algum tempo caminhamos em trevas absolutas. Me orientei pelos passos ruidosos e pesados de meu guia. O tempo todo eu ouvia gemi­dos angustiantes, como de um moribundo. À medida que andávamos, estes gemidos aumentavam em inten­sidade, e agora ouvia-se claramente alguém clamar: ­“Água! Água! Água!” Passei por outra porta, e pude ouvir o que parecia ser o clamor de um milhão de vozes gritando: “Água! Água!…” Chegamos a outra porta. Meu guia bateu e esta abriu-se. Vi agora que havíamos transposto a mon­tanha e na minha frente havia uma planície extensa.
Foi então que meu guia me deixou e voltou para mostrar o caminho para outros espíritos perdidos. Fiquei parado nesta planície durante algum tempo quando um ser, semelhante ao primeiro, se apro­xi­mou de mim. Este, ao invés de carregar uma lança, carregava uma espada enorme. Sua missão era de me comunicar qual seria o meu destino eterno. Sua voz encheu a minha alma de terror. Disse: “Tu estás no inferno! Para ti não há mais esperança! Ao passar pela montanha, ouviste os gemidos e gritos dos perdidos que estavam pedindo água para aliviar a sequidão de suas línguas. Naquele corredor há uma porta que dá para o lago de fogo. Este, agora mesmo, será o teu destino. Antes de seres conduzido a este lugar de tormento, de onde nunca mais sairás, pois não há mais esperança para aqueles que entra­m aqui, tu poderás permanecer nesta planície, onde todos os perdidos têm o privilégio de contemplar os prazeres que gozariam se não estivessem aqui!”
Agora eu estava sozinho. Não sei se foi em conse­qüência do grande medo que passei, mas tornei-me insensível às coisas. Meu corpo ficou inerte. Fiquei sem força alguma e minhas pernas não agüentavam mais o peso do meu corpo. Assim domi­na­do, fui caindo ao chão. Uma sonolência apoderou-se de mim. Meio acordado, meio adormecido, parecia sonhar. Olhando para cima, bem distante de mim, vi a Linda Cidade, sobre a qual lemos na Bíblia. Como eram formosas suas muralhas de jaspe! Olhando além disso, vi vastas planícies cobertas de lindas flores. Vi também o Rio da Vida e o Mar de Cristal. Miríades de anjos entravam e saíam pelas portas desta cidade, cantando, e oh, como tudo era maravilhoso! Entre estes anjos vi a minha querida mãe que há poucos anos havia falecido, seu coração esmagado pela minha maldade. Olhou para mim e parecia estar me chamando. Mas não tinha condições de me levantar. Sentia-me como se tivesse um grande peso me imobilizando. Uma brisa trouxe para mim a fragrâ­ncia daquelas lindas flores, e agora ouvia-se com mais nitidez a doce melo­­dia das vozes angélicas. Eu disse comigo mesmo: “Oh! Como que­ria fazer parte daquela multidão!”
Enquanto me deliciava com este cálice de gozo tão perfeito, de repente ele foi-me arrebatado dos lábios. Acordei do meu sono. Um dos habitantes deste lugar de trevas me trouxe de volta daquele lindo lugar e me informou que havia chegado a hora de eu ir para o lugar de meu destino eterno. Ordenou-me que o seguisse. Voltando pelo mesmo caminho, en­tra­mos novamente no mesmo corredor. Fui se­guin­do meu guia durante algum tempo até chegar a uma porta lateral. Passamos por esta, e logo em segui­da por outra. Então vi, à minha frente, um lago de fogo!
Olhei, e até onde meu olho enxergava, vi um lago literal de fogo e enxofre. Grandes vagalhões de fogo se amontoavam um por cima do outro e grandes ondas de chamas se chocavam impetuosamente, elevando-se a grandes alturas, como as ondas do mar num imenso furacão. Na crista das ondas viam-se seres humanos lançados para cima, para logo em seguida, se afundarem até as profundezas deste lago medonho de fogo. Ao serem levadas para a crista dos vagalhões, estas almas amaldiçoavam o Deus justo, na mesma hora em que clamavam em grande angústia, pedindo água. Esta imensidão de fogo repercutia os gemidos destas almas perdidas.
Depois de algum tempo olhei para trás e, por cima da porta por onde entrara, vi as palavras: Este é o teu destino! A eternidade não tem fim! Daí a pouco, senti que o chão debaixo de meus pés estava começando a ceder e me vi afundando no lago de fogo. Sobreveio-me uma sede que as palavras não são capazes de descrever. Pedi água e neste instante meus olhos se abriram no hospital da prisão.
Nunca contei esta experiência aos oficiais da prisão, acreditando que me julgassem louco e me fechassem numa cela especial para os detentos que sofrem das faculdades mentais. Mas vi tudo isso e tenho a certeza absoluta de que o céu e o inferno existem, e que este inferno é fogo literal assim como lemos na Bíblia. E tenho certeza de outra coisa: nunca irei para aquele lugar.
Assim que abri meus olhos no hospital e vi que estava vivo, imediatamente entreguei meu coração a Deus. Vou viver e morrer como cristão. É verdade que nunca me esquecerei das cenas terríveis do inferno, mas tampouco sairão da minha memória as lindas coisas que vi no céu. Em breve pretendo me encontrar com minha querida mãe. Irei me sentar nas margens daquele belo rio e passear com os anjos nas planícies que vi. Vou andar pelos vales e pelos montes carpetados de flores fragrantes, cuja beleza excede qualquer coisa que o ser mortal é capaz de imaginar, e ouvirei as canções dos salvos. Isto me recompensará muitas vezes pela minha vida aqui sobre a terra, mesmo tendo que me negar dos muitos prazeres mundanos que faziam parte do meu viver antes de vir para esta prisão. Não quero ter mais intimidade com meus comparsas do mundo vil do crime. Assim que sair deste lugar, quero ficar na companhia de pessoas boas.

Repasso para o leitor esta experiência de George assim como a ouvi. É uma das experiências mais lindas que jamais li. Que Deus abençoe esta mensagem de George, para que através dela muitas almas perdidas ainda despertem da morte espiritual! Oh! Como as pessoas conseguem duvidar da exis­tência de um inferno literal! Diga-me como é possí­vel, quando têm em suas mãos a Palavra de Deus, e mais ainda quando ficamos sabendo de uma reve­lação dessas? Homens e mulheres, em! Virem-se! Peçam a Deus que lhes dê uma experiência de salvação que modifique os seus corações. Caso contrário, poderão passar não apenas quarenta e oito horas no inferno, mas toda a eternidade!