MOLOQUE – O DEUS DO SACRIFÍCIO INFANTIL
“E da tua semente não darás para a fazer passar pelo fogo perante Moloque; e não profanarás o nome de teu Deus. Eu sou o Senhor” (Lv 18.21).
Aquele que não educa o seu filho segundo a Palavra de Deus, está condenando-o à destruição.
Leitura Bíblica em Classe
Levítico 20.1-3 / I Timóteo 5.8
Introdução
Moloque era um ídolo horrendo. Às vezes, davam-lhe a aparência de um ser híbrido (meio homem, meio boi), e estendiam-lhe desmesuradamente as mãos a fim de que, nos grandes festivais e cultos, viesse a acolher pomposa e vorazmente os filhinhos de seus tolos adoradores para serem queimados num ritual desumano e abominável.
Esculpido todo em bronze, seus sacerdotes recheavam-no de produtos inflamáveis. Em seguida, utilizando-se de uma tecnologia que vinha sendo aperfeiçoada de geração em geração, aqueciam-no até que se fizesse infernalmente rubro.
Com o deus já todo avermelhado e sob sádico olhar de seus sacerdotes, vinham-lhe os adoradores como que possessos por todos os demônios para lhe oferecerem o que de mais precioso haviam recebido do Único e Verdadeiro Deus. E, agora, sob o rufar dos tambores, colocavam seus
filhinhos nas mãos enrubescidas de Moloque.
Assim eram assassinadas milhares de crianças amonitas! Covarde e barbaramente!
Pensa você que isso ficou no passado? Infelizmente, neste exato momento, há muitos pais oferecendo seus filhos a Moloque. Inconscientemente, talvez você esteja depositando seus filhos no altar do demônio. Leia
I - Quem era Moloque
Moloque era representado de diversas maneiras. Às vezes, suas mãos encontravam-se bem rentes ao chão para facilitar o acolhimento de suas vítimas. Noutras, achavam-se elas de tal forma postadas que, tão logo
recebiam as oferendas, em sua maioria crianças recém-nascidas, deixavam-nas cair numa fornalha onde eram carbonizadas.
1)O deus dos amonitas: Moloque era o deus dos filhos de Amom. No hebraico, o seu nome significa rei. Era conhecido também como Moleque, Malcã e Milcon. Os amonitas que, como se sabe, descendiam de Bem-Ami, filho de Ló (Gn 19.38), dedicavam a essa abominação todas as suas reservas morais, sociais e nacionais. Seus sacerdotes eram reputados como mais nobres do que os próprios príncipes (Jr 49.3).
2) O deus da vergonha: era Moloque um ídolo de tal forma detestável, que os israelitas piedosos o chamavam de bosete: vergonha e opróbrio.
2) O deus da vergonha: era Moloque um ídolo de tal forma detestável, que os israelitas piedosos o chamavam de bosete: vergonha e opróbrio.
3) O deus do fogo: assim também era conhecido, pois no fogo consumia as suas vítimas.
II – As vítimas de Moloque
Diante de tanta barbárie, não podemos evitar a pergunta: Por que os amonitas ofereciam seus filhos a um tão abominável ídolo? Pensavam eles estarem buscando o favor deste e a expiação de suas faltas. Imaginavam também que, por intermédio do fogo, Moloque purificava suas vítimas. Mas que pecados podia ter um recém-nascido?
Algumas religiões tribais ainda adoram seus deuses oferecendo-lhes suas crianças. Tal prática, todavia, é condenada de forma enérgica pela Palavra de Deus.
III – Deus condena o culto de Moloque
Deus jamais admitiu, em seu culto, o envolvimento de vítimas humanas. Não se pode tomar o caso de Isaque, ou de Jefté, como argumentos em favor de tais sacrifícios. No primeiro caso, tratava-se de uma prova, cuja finalidade era levar Abraão a reconhecer o absoluto senhorio de Deus sobre a sua vida (Gn
22. 1-13). E no segundo, vemos a demonstração de um zelo extremado por parte de um homem que, embora piedoso, não tinha um perfeito conhecimento das ordenanças divinas (Jz 11. 29,31).
O Senhor não aceita vítimas humanas; sua ordem é clara e não admite dúvidas: “E da tua semente não darás para a fazer passar pelo fogo perante Moloque; e não profanarás o nome de teu Deus. Eu sou o Senhor” (Lv18.21).
Mas, vindo a apostasia, homens como Salomão e Manassés desafiaram a Deus e incensaram a Moloque. O primeiro rei, buscando globalizar o mundo de então, levanta um altar ao ídolo em plena Cidade Santa (I Reis 11.7). O segundo foi mais além; chegou a oferecer um de seus filhos à abominação. (I Reis 21.6).
Através de Jeremias, o Senhor repreende duramente os filhos de Judá por causa dessa sua sanguinária devoção: “E edificavam os altos de Baal, que estão no vale do filho de Hinom, para fazerem passar seus filhos e suas filhas pelo fogo a Moloque, o que nunca lhes ordenei, nem subiu ao meu coração que fizessem tal abominação, para fazerem pecar a Judá” (Jr 32.35).
IV – Os modernos Moloques
Se no Antigo Testamento, apresentava-se Moloque como aquele ídolo que, com a sua sangrenta carranca, assustava a seus tolos adoradores, hoje se mostra mais sutil. Mas não podemos nos enganar; continua tão medonho quanto antes. Vejamos de que forma ele é apresentado em nossos dias.
1) Moloque – aborto:
Não são poucos os movimentos e ongs que, dizendo-se defensores de direitos humanos, acham-se a fazer apologia do aborto. Alegam eles que a mulher tem o direito de fazer o que bem entende com o seu corpo, inclusive assassinar o filhinho que traz no ventre. Os tais libertários incentivam e até custeiam o assassinato de milhões de crianças todos os anos. Em nada diferem de Hitler, Stálin ou Mao Tse-tung.
O que não sabem estes infanticidas é que o mandamento divino permanece inalterável: “Não matarás” (Ex 20. 13). E se pensam que o Senhor está alheio ao seu crime, deveriam ler com temor o Salmo 139. Este salmo de Davi, conhecido como o salmo da mulher grávida, descreve com que cuidado o Senhor acompanha o desenvolvimento do feto no ventre da mãe.
Deus julgará a todos os homicidas. Antigamente, os pais esperavam seus filhos nascerem para oferecê-los a Moloque. Hoje, antes mesmo de nascerem já são oferecidos ao demônio.
2) Moloque – Televisão:
Quantas crianças não estão sendo educadas hoje pela TV! Os pais as deixam expostas a todas as influencias de uma programação violenta, erótica, pervertida, atéia, blasfema e satanista.
Em muitas casas, não se adora mais a Deus; incensa-se a um Moloque eletrônico, colorido e sedutor.
Atentemos ao mandato divino: ”Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6). Somente assim estaremos livrando nossos filhos das garras de satanás.
Você tem educado seus filhos nos caminhos do Senhor? (Dt 6.6,7) Tem lido a Bíblia com eles? Tem orado com eles? E por eles tem intercedido? Ou deixa que sejam educados por homens e mulheres destituídos da glória de Deus?
3) Moloque – Falta de ensinamento e culto domestico:
Quantos pais não estão a agir exatamente como Eli! Apesar de conhecerem a Palavra de Deus e as suas justas e inegociáveis reivindicações, não se preocupam em conduzir os filhos no caminho do bem. Veja quão execráveis eram os filhos desse sacerdote: “Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial e não conheciam o Senhor. Era, pois, muito grande o pecado desses jovens perante o Senhor” (I Sm 2.12,17).
O destino desses jovens, todos nós conhecemos. De tão ímpios que eram, não havia mais lugar de arrependimento em seu coração; perderam a vida e a alma.
Eduquemos nossos filhos a fim de que não tenham eles a mesma sorte. Se os instruirmos conforme recomenda a Palavra de Deus, teremos uma família de homens e mulheres santos e piedosos e irrepreensíveis como os recabitas (Jr 35.1-19).
Conclusão
Nestes dias tão difíceis e trabalhosos urge que invistamos amorosa e sacrificialmente na formação de nossos filhos. Façamos o culto doméstico todos os dias. A devoção familiar é insubstituível. Se nossos filhos não forem piedosos na casa paterna, jamais serão reverentes na Casa de Deus.
Esteja vigilante! Em conseqüência de sua letargia e irresponsabilidade, não são poucos os pais que se acham a sacrificar seus filhos a Moloque. Os altares e nichos e templos desta abominação estão espalhados por toda a cidade e, não raro, em nossas casas. Você sabe quem são os amigos de seus filhos? Conhece os lugares que eles frequentam? Eles tem horário para voltar para casa? Ou você é do tipo moderninho que faz todos os caprichos de seus filhos? Cuidado! Se você não os educar, seus filhos irão para o inferno, e grande será a sua dor.
Não perca os seus filhos nem para televisão,nem para as drogas, nem para a prostituição, nem para o homossexualismo, nem para a criminalidade, nem para o ateísmo, nem para as seitas que infestam nossas cidades.
Miremos no amor sacrificial de Abraão, e santifiquemos ao Senhor cada um dos nossos filhos que Ele, bondosamente, nos concedeu.
FONTE: LICOES BIBLICAS Título: Não terá outros deuses diante de mim — Quando a idolatria ameaça a Igreja de Cristo
CLAUDIONOR DE ANDRADE